Estas férias, fiz um acordo com meu namorado.
Fizemos uma lista com vários filmes de terror e teríamos que assisti-los até as aulas dele voltarem, depois do Carnaval (estaríamos indo bem, se não acrescentássemos mais e mais filmes na lista o tempo todo). Dentre os filmes estava Creep, que, preciso confessar, estava enrolando ao máximo para assistir... O trailer não tinha me interessado muito, mas ele tinha gostado bastante e, ainda por cima, tinha no Netflix. Resultado: numa dessas noites, a internet não estava muito boa para ver filmes em sites online, mas boa o suficiente para carregar o Netflix sem problemas (isso faz sentido pra vocês?) e acabamos decidindo por assisti-lo. Me surpreendi.
Josef (Mark Duplass) descobriu recentemente um câncer que estava se espalhando pelo seu corpo. Com medo de morrer quando ele e sua esposa estão prestes a ter um bebê, coloca um anúncio online oferecendo US$ 1000 para quem passasse um dia inteiro o filmando, de forma que seu filho possa conhecê-lo e compartilhar lembranças com ele. Aaron (Patrick Brice) é um cinegrafista enfrentando dificuldades financeiras e não pensa duas vezes antes de aceitar a proposta, mesmo com o estranho pedido de discrição, a casa num local isolado e a ideia de passar o dia inteiro com um desconhecido
O filme, dirigido por Patrick Brice, segue o estilo found footage, que, convenhamos, já deixou de ser algo original há muito tempo. Mas, por incrível que pareça, Creep consegue impressionar (diferente de outros filmes do mesmo tipo, como Atividade Paranormal, por exemplo, que seguem sempre o mesmo roteiro). Com apenas dois atores, que por acaso são o diretor e um dos produtores, e recursos financeiros reduzidos, o filme passa longe de ser considerado amador, utilizando eficientemente uma grande liberdade e variedade do ponto de vista da câmera, o que favorece a imersão do espectador. A construção dos personagens também me pareceu incrível, principalmente quando falamos de Josef; Mark Duplass conseguiu combinar perfeitamente o estranho com o assustador. Como qualquer outro filme de terror, a história cai muitas vezes na previsibilidade, mas, ainda assim, vale totalmente assistir (mesmo com este péssimo trailer).
(Desculpem, não achei o trailer legendado)
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