Grýla


Em 1600, as crianças da Islândia ouviam pela primeira vez sobre uma mulher chamada Grýla.
Ela era medonha: tinha cascos, chifres e 15 rabos, além de enormes verrugas no seu nariz. Era uma mulher enorme, metade ogro e metade troll, que vivia nas montanhas com seu velho marido, 13 filhos (os Yule Lads - rapazes do natal, em tradução livre) e um gigante gato preto. Suas histórias eram usadas para assustar crianças malcriadas.

Grýla não era diretamente ligada ao Natal até o século 17. A princípio, Grýla e seus filhos atacavam o ano inteiro. A mãe mandava os Yule Lads (que tinham nomes como Spoon Licker, Window Pepper e Meat Hook) para a cidade, onde eles sequestravam crianças desobedientes e as levavam para fazer ensopado. As lendas dizem que esse era seu prato favorito e seu apetite era insaciável. Mas, em 1746, as crianças islandesas estavam com tanto medo de ser devoradas que não saiam mais de casa. O governo interveio e proibiu a utilização de Grýla como tática de intimidação.


Desde então, Grýla passou a agir apenas na época de Natal. Ela e seus filhos descem das montanhas 13 dias antes do Natal: Grýla procura crianças malcriadas para devorar e os rapazes roubam comida, pregam peças e, inexplicavelmente, deixam presentes nos sapatos das crianças. Aliás, esta é a única época do ano em que seu gato se alimenta. É dito que ele espera que as crianças desembrulhem seus presentes e come aquelas que não recebem, ao menos, uma peça de roupa.

Então, você foi obediente este ano?

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